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Leonardo da Vinci: 500 anos

Dizem que a cada século vem ao mundo uma daquelas personalidades prodigiosas que deixarão sua marca na história. Leonardo da Vinci foi um desses gênios que desfilou pelo planeta Terra.

Ele foi um daqueles raros indivíduos que desafiam qualquer convenção e não cabem em moldes.

Pra começar, ele foi um polímata, alguém que é capaz de acumular um conhecimento profundo em uma grande quantidade de áreas. Ele foi escultor, pintor, engenheiro, músico, poeta, inventor, anatomista, cientista e muitas outras coisas, numa época em que o conhecimento não estava tão acessível quanto agora. Foi não apenas um polímata, mas autodidata também. Aprendeu por conta própria e construiu um vasto repertório através de sua curiosidade e fome intelectual.

Ele era tão obcecado em aperfeiçoar sua arte que chegava a dissecar cadáveres (numa época em que isso era considerado crime) apenas para entender melhor a anatomia humana e assim reproduzir melhor as feições e formas humanas em seus quadros e esculturas.

Após sua morte, milhares de manuscritos foram encontrados, com esboços de objetos que só seriam inventados séculos depois, como uma bicicleta, instrumentos voadores e artefatos bélicos.

Leonardo da Vinci conseguiu conjugar como ninguém arte e ciência e não por acaso é considerado um dos maiores gênios de todos os tempos. 

Leonardo era tão obcecado com a ideia de perfeição que atrasava projetos e com alguma frequência sequer os entregava, porque não admitia mostrar ao mundo uma obra que não estivesse “perfeita”, e perfeição para ele era estar dois degraus acima da excelência.

Apesar de ter oficialmente “entregue” poucos quadros ao longo de sua careira – foram menos de vinte – é da autoria dele três obras que resistiram ao teste do tempo, e que 500 anos depois podem ser reconhecidas por virtualmente todos os habitante do planeta: a santa ceia, o homem vitruviano e, claro, a Monalisa, sua mais célebre criação.

O dia 02 de maio de 2019 marca os 500 anos da morte desse artista genial. Com certeza essa é uma data que merece ser lembrada e o legado artístico e criativo desse gênio da humanidade resgatado.

Gênios como ele passam pela terra muito raramente, mas quando passam, suas obras duram para sempre.

Alexandre Correa Lima é professor da FGV, escritor e palestrante corporativo. Conheça mais sobre seu trabalho no YouTube, Facebook, Linkedin e Instagram.

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