Você pode ser uma pessoa rica e poderosa, ter dois metros de altura e cinquenta centímetros de bíceps. Mas não resistiria ao ataque de um animal feroz.
Você pode ter o mais possante carro, mas sairia voando pelos ares no olho de um furacão, feito folha de celofane jogada ao vento.
Você pode ser o homem mais poderoso do mundo, mas viraria churrasco se um raio não fosse com a sua fuça.
Visto do alto você é menor do que a menor das ilhas.
A metrópole de São Paulo não é nada perto da imensidão da Floresta Amazônica.
A Floresta Amazônica é apenas uma mancha verde no coração da América, que é apenas um pedacinho do planeta Terra.
Vista do espaço a Terra é apenas uma bola azul.
A nossa imensa Terra parece uma bolinha de gude ao lado de Júpiter.
Júpiter também parece uma bolinha de gude ao lado do Sol.
O Sol, nosso astro maior, é 1700 (!!!) vezes menor que a estrela UY Scuti. E ela é apenas uma das cerca de 300 bilhões de estrelas que existem na Via Láctea.
Nosso sistema solar inteiro é apenas uma fração pequena da Via Láctea. E avia Láctea é apenas uma galáxia no meio de prováveis 100 bilhões de outras galáxias. Isso, você leu certo: cem bilhões de galáxias. Onze zeros.
E tudo isso é apenas o que chamamos de universo observável. Se tivéssemos colocado Adão e Eva a bordo de um foguete viajando na velocidade da luz logo após lancharem uma maçã, eles estariam ainda muito longe de atingir os limites do universo.
Então o recado é o seguinte: não interessa o quão importante você acha que é. Na realidade você não é nada.
Baixe a bola e coloque o rabinho entre as pernas. Você ainda vai ter que comer muita farofa de estrela e tutu de cometa se um dia quiser ser promovido a categoria de cocô cósmico.
Ter consciência da própria pequenez é o nosso maior e único gesto de grandiosidade.
